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MOEDA DIGITAL

Drex pretende agilizar e dar mais segurança a operações financeiras no Brasil

Implementação da versão virtual do Real deve representar um grande avanço na regulação da Economia Digital no país

Publicado em 10/08/2023 às 15:29

O Drex foi anunciado pelo Banco central e entrará em operação no ano que vem (Foto: Estácio Resende)

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Esta semana o Banco Central do Brasil (BCB) anunciou o nome da nova moeda digital que irá entrar em operação em 2024, o Drex, com objetivo de facilitar as transações e dar mais segurança às operações financeiras, proporcionando aos cidadãos brasileiros uma maneira inovadora de lidar com finanças virtuais.

O Drex, também chamado de Real Digital, será como uma versão virtual do papel-moeda, uma representação digital das notas, que já são emitidas pelo BCB, e sua implementação deve representar um grande avanço na regulação da Economia Digital no país, segundo o economista Eduardo Amendola. O profissional destaca que as regras e fundamentos para manter a estabilidade do Real serão mantidas com a novidade, e explica como funcionará na prática. "A nova moeda digital seguirá as mesmas políticas e regras que garantem o valor e a estabilidade da moeda convencional, inclusive a cotação frente a outras moedas será a mesma do real hoje. Será possível fazer transações financeiras, transferências e pagamentos, por exemplo, a partir da plataforma que está sendo criada para que o Drex circule. Diferentemente do PIX, que é uma forma de transferência de valores, o Drex será a própria moeda. O usuário poderá, inclusive, realizar um Pix em Drex, ou utilizar o Drex para realizar transferências e pagamentos em outros meios já existentes. A renda poderá ser expressa em Reais (R$), Dólares (US$) ou DREX (DR$)", afirma o professor da Estácio.

Eduardo Amendola, economista, professor da Estácio

"Mais segurança

O Banco Central planeja que os diversos serviços financeiros que são utilizados atualmente passem a ser realizados via Drex com maior segurança e de forma mais fácil por meio de carteiras digitais e contratos automatizados, reduzindo, por exemplo, o custo com burocracias, eliminando intermediários e acelerando processos de pagamento."

Eduardo Amendola, economista, professor da Estácio

Drex não é uma criptomoeda

Amendola explica que o Drex compartilha desenvolvimentos tecnológicos oriundos do desenvolvimento das criptomoedas - que são emitidas de formas decentralizadas e não permissionadas no Brasil -, mas ele não é uma criptomoeda. O Drex será emitido apenas com custódia pelas instituições financeiras e se houver uma paridade entre o digital e o dinheiro físico, ou seja, o Drex não será emitido se não houver o dinheiro físico suficiente retido como reserva. "Enquanto as criptomoedas são ativos com volatilidade no valor determinada pelo mercado e sem regulamentação, o Drex é a própria moeda, tendo o valor garantido pelo Banco Central do Brasil", informa o economista e professor da Estácio.


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