Itatiaia
Como forma de garantir a segurança e a saúde no trabalho de combate ao Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, Zika e a Chikungunya, 12 Agentes de Combate a Endemias de Itatiaia passam a contar agora com o uso de repelentes. O produto, fornecido pela Secretaria de Saúde, começou a ser utilizado já nesta terça-feira (30) nas atividades de campo dos agentes e passa a fazer parte do seu material de trabalho.
De acordo com o Secretário de Saúde, Luiz Eduardo Saldanha, a forma mais eficiente de prevenir a dengue continua sendo a eliminação dos criadouros do mosquito. Segundo ele, os repelentes representam mais uma medida complementar, dentre as ações de prevenção. "O município segue fazendo ações contínuas de prevenção e combate, mas a conscientização da população é fundamental para conter o avanço da doença. Precisamos muito que as pessoas nos ajudem, pois o percentual dos focos encontrados em residências, em vasos sanitários, pratos, além de vasilhas de água de animais, é significativo. Existe a cobrança da passagem do carro Ultrabaixo Volume, mas ele não é a única solução. O problema maior é o criadouro”, adverte Luiz Eduardo.
O Secretário de Saúde ressalta que o trabalho de visitas domiciliares, para identificação de possíveis focos, foi intensificado pela Vigilância Ambiental, principalmente nos bairros com mais notificações e casos confirmados, para eliminação de focos, além de controle químico.
De acordo com Luiz Eduardo, em parceria com o Estado, está em funcionamento, no Hospital Municipal, uma Sala de Hidratação, com capacidade para 10 pacientes, onde é possível fazer administração de soro e coletar sangue. "Estamos em contato permanente com o Estado, que tem apoiado nosso trabalho constante de monitoramento da situação”, comenta.
Números da dengue
Os registros de casos de dengue em Itatiaia seguem a tendência que ocorreu em todo o Estado, a partir de dezembro de 2023, de crescimento nas notificações. De 1º a 29 de janeiro deste ano a cidade registrou 810 casos suspeitos da doença, com 401 confirmações. O município fechou o ano passado com 1.086 notificações e 256 casos confirmados. O resultado do último LIRAa (Levantamento Rápido de Índices de Infestação por Aedes Aegypti) referente ao período de 07 a 13 de janeiro mostrou resultado de 3.6, superior aos 2,8 da amostragem anterior, de outubro.
Os números da dengue em todo o Rio de Janeiro, de acordo com dados divulgados pelo CIS (Centro de Inteligência em Saúde), mostram que o Rio de Janeiro segue com alta nos casos da doença, apresentando números acima da média histórica.
O Estado, nas três primeiras semanas de janeiro, verificou 9.963 notificações de casos suspeitos da doença, representando crescimento de 587% em relação ao mesmo período de 2023.
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